Hail!

Na última postagem nós conhecemos as teorias da origem histórica dos grifos rúnicos e um pouco do que dizem terem sido seus antecessores. Hoje vamos vasculhar as evidências, os vestígios arqueológicos de alguns dos Futharks mais difundidos.

RUNAS E A HISTÓRIA II

Os Vikings são os maiores responsáveis pelas evidências arqueológicas acerca das runas. O costume (mistico ou não) que eles tinham de cravar runas em seus escudos, elmos, espadas e outros utensílios de casa ou de uso doméstico foi essencial para a catalogação das runas e a fundamentação das teorias.

Além disso, é justo por estas evidências que somos cientes hoje de uma magia rúnica básica a Taufr (magia talismânica). Acredita-se que todos os artefatos de guerra encontrados foram um dia talismãs mágicos para os guerreiros. As principais runas cravadas nestes objetos são a Týr e a Sowelo, ambas runas ligadas à vitória, a primeira a um Deus de Justiça e de Batalha e outra a runa do Sol.

Outros ainda são runas cravadas em sua utilização alfabética, sem nenhum apelo mágico. Como é o caso de alguns Runestones e outros artefatos presentes em tesouros.

Não sei dizer se foi encontrado algum oráculo rúnico como o utilizamos hoje (o jogo de 24 “pedrinhas”). Creio que não já que era costume que as runas fossem cravadas em materiais facilmente consumidos pelo tempo (ossos, madeira e varetas).

A seguir, alguns dos objetos mais famosos.

2-      Vestígios Arqueológicos 

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A Pedra Kylver (Gotland, 1903): a pedra é a tampa de uma sepultura. Encontrada num dos maiores sítios arqueológicos de runas. Nela é que está inscrito o mais antigo Futhark conhecido. Ele está cravado na parte interna da sepultura de frente ao cadáver (o que sugere que a sequência rúnica tenha sido parte de algum rito funerário envolvendo magia). Há também uma Bindrune (runas atadas) com a runa Týr e uma palavra não tão bem decifrada.

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O Torc de Pietroasa (Torc de Buzău): parte de um misterioso tesouro datado por volta entre 250 e 400 DEC numa colina em Pietroasele junto a outros objetos de ouro. Foram encontrados originalmente dois anéis sob uma massa negra, o que foi deduzido como sendo couro ou algum tipo de pano desintegrado onde os objetos foram enrolados. Um dos anéis foi roubado logo durante a descoberta e o outro foi cortado e teve os símbolos danificados por um ourives.

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Runestones: Grandes pedras com runas gravadas. A primeira tem 18 metros de circunferência e se encontra no caminho arborizado que dá para uma igreja. Foi colocado por um ex-capitão em memória à sua mãe e em honra própria por ter sido um sobrevivente da guarda a que serviu. Já a segunda está numa cidade da Suécia e ainda é debatido o propósito da criação, assim como o significado de seus símbolos.

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Os Chifres de Ouro de Gallehus: dois chifres feitos de folhas de ouro, um mais curto que o outro encontrados em anos diferentes em Jutlândia do Sul e na Dinamarca. Os chifres originais foram também roubados, mas réplicas deles estão expostas no Museu Nacional e no Museu Moesgaard, ambos na Dinamarca.

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O Caixão Frank: o caixão é densamente decorado com runas anglo-saxônicas e com cenas diversas que remetem ao cristianismo, mitos e imperadores romanos e a algumas lendas germânicas. As inscrições são em alto relevo e suas traduções estão disponíveis para quem tiver curiosidade.

Terminamos aqui, uma breve explicação das runas históricas. Mas aviso que este conhecimento é bastante superficial, quem se interessar para adentrar neste estudo, me procure que indico alguns livros e sites bons.

Até mais!