Hail!

Na postagem anterior, eu dei uma introdução sobre o oráculo rúnico a partir das minhas experiências e vivências. Hoje, vou continuar abordando o aspecto oracular, no entanto de uma a mais técnica.

A Leitura

As runas tem uma linguagem pictográfica, ou seja, elas apresentam uma ideia, um conceito, ou uma força quando tratadas como instrumento mágico oracular. Este conceito é amplo e extremamente variado. O que vai nortear a leitura é a combinação com outros conceitos, e principalmente a sua intuição.

Um exemplo, se eu sortear runas para saber se devo ou não utilizar aquela essência de sândalo para um feitiço de Glamour e me sai tal jogo:

Runen1

Se eu interpretar cada runa individualmente terei na ordem que segue a seta: o Sol, o Granizo e o Espinho. Após captar este conceito mais obvio das runas, farei, ainda individualmente, as associações de acordo com a minha pergunta: Sol – Sucesso; Granizo – Ação certeira; Espinho – Sofrimento. Combinando estas três informações assimiladas o que posso concluir sobre o uso do sândalo? Que se a utilização, o ato desencadeará um conceito. Certo?

Mas e se eu fizesse estas associações: Sol – Luz vitoriosa; Granizo – Quebra ou Destruição; Espinho – Aspectos prejudiciais. A resposta toma um sentido completamente diferente. “A luz produzida pelo glamour quebraria os aspectos negativos”. O que vai nortear o consulente, ou Runemál, é justamente a sua intuição. Sua assimilação do “sussurro” das runas.

Métodos

Em termos de métodos, eu colocarei uma bibliografia recomendada para quem quiser testar os métodos mais comuns. Mas não há uma quantidade certa, ou um posicionamento melhor ou pior no uso da runas. No uso cotidiano, e no despertar da afinidade você cria seu próprio método, sua maneira de ler as runas. Os métodos que eu mais utilizo são os:

Método de 3 Runas: O mais simples e o mais utilizado. Correlacionado com as Nornas, como eu já havia citado; com o presente, passado e futuro; com a causa, ação e resultado e várias outras trindades.

Método de 9 Runas: Este método tem vários posicionamentos, mas é a interpretação a partir da Yggdrasil e seus nove mundos. Você posiciona as runas de acordo com os mundos e interpreta a partir das correlações deles com a situação. Muito parecido com o método clássico do Tarot.

Método de 12 Runas: A junção dos dois. Associado à mitologia da Yggdrasil e com as três Nornas. Onde as nove primeiras tem a função de compreensão e resolução do problema e as três últimas são uma espécie de conselho, ou mesmo uma previsão do que irá acontecer.

Espíritos Rúnicos, Você e o Oráculo

Partindo do princípio que estamos entrando em contato com espíritos primordiais ou mesmo com sabedorias que mantém o fluxo da existência em circulação, fica-se claro que o uso arbitrário das runas, assim como de qualquer outro oráculo, não é aconselhável. Você deve ter ciência da responsabilidade do ato e para quem segue o caminho sacerdotal, deve ter a ciência de que aquilo é um ato sagrado, parte de sua função.

Sua postura é também essencial. Tem de se estar preparado para o que vai ser dito. A linguagem dura que os Espíritos se utilizam serve como canal de direto aprendizado. Como citei no outro texto, há quem sinta as respostas das runas como um tratamento bruto, por vezes ácido. Outras pessoas já sentem o contrário. A linguagem prática lhe trás mais benefícios e compreensão.

De toda forma o autoconhecimento retirado dessas práticas é algo único.

Até mais!