Postado no RLS em 14/01/2011
A Ambição real de um Voluntário.
Claro que sonho com dias melhores.
Com um pouco da utopia do socialismo.Penso no dia em que Fome, Ignorância
Serão sombras do passado humano.
Como Lenon, quero ver a igualdade,
Quero ver a plenitude diferencial que cresce junto.
Mas acima disto, bem acima disto.
Desejo os meus prazeres maiores…
O prazer em ver o brilho da criança,Que reluz uma vaga esperança de um futuro melhor.
O prazer que nenhuma musica traz,
Tal qual é a melodia de um verdadeiro: muito obrigado.
A recompensa para minha alma,Que se eleva e dá piruetas junto ao alvo de minha fé.
A recompensa para meu coração,
Que se afunda numa cartase frenética.
A importância de fazer a diferença.
E a sensação, mesmo que por um dia,
De vestir-se com aura de anjo ou fada-madrinha
E fazer de sonhos realidades.
A ambição de ser um super-herói,
Não daqueles que salvam vidas com seus super poderes.
Mas os que salvam irmãos, salvam a si mesmos
Da realidade cruel, apenas com uma arma: a vontade.
É normal, ao menos para mim, quando chega perto do dia do meu aniversário, eu ficar um pouco aéreo. Meditando sobre minha vida, o que eu fiz o que planejo fazer. E agora aos vinte anos – duas décadas de vida! – decidi querer lembrar o que eu fazia, planejava e ansiava aos dez anos.
– Independência;
– Chegar aos vinte;
– Descobrir que tenho super-poderes e que posso salvar o mundo ou ao menos as pessoas que amo com isso.
Independência, no decorrer da vida, todos um dia descobrem que nunca vão ter. Sempre iremos ora depender da familia, amigos, de fé, de nós mesmos. Sempre iremos depender de um fator que determine nossas vidas, um sonho para nos guiar, uma meta. Esta é uma das razões de viver: necessitar para ir à luta.
Chegar aos vinte… Bem, quem não queria participar dos papos picantes, que os mais velhos sempre tapavam nossos ouvidos ou nossos olhos para poder terem? Hoje em dia com uma sociedade tão mais mente aberta, pra não dizer escancarada, nós – os mais velhos – estamos normalmente nem aí pra quem está ouvindo nossa conversa. Aquela menina de onze anos que há uma década não podia saber o que era sexo, hoje em dia dança brega com uma microssaia e um top com uma largura de dois dedos. Viva ao mundo que nós construímos graças à repressão da geração passada!
Heroísmo. Power Rangers, Jiraya, Shurato, Dragon Ball, Fly, o Pequeno Guerreio, As Guerreiras Magicas de Rayearth. Seja lá qual foi seu herói favorito, ou de que século, década ele fazia parte. Ele sempre te passava três principios básicos: fazer o bem – primeiro e unânime ideal dos super-heróis; união (faz a força) – a Genki Dama de Dragon Ball, os Megazords dos Ranges são exemplos disso; doação – que também significa sacrificio em alguns casos.
Cresci, cheguei agora aos vinte, sei que sempre vou depender de alguma coisa. Tenho sonhos planos, uma religião que me deu um sacerdócio para administrar, sem falar na corriqueira vida de um jovem (saídas, amores, paixões, erros, irresponsabilidades e arrependientos) [Nota do autor: leia “jovem” como “humano”]. Enfim, muita coisa mudou com o amadurecimento, mas minha busca pelo heroísmo persiste em me direcionar para o bem.
Seja sendo um conforto de um amigo, sendo o cara que dá o esporro necessário, o psicólogo, o cúmplice, o fiel escudeiro, o exemplo. er o que simplesmente sorri quando seu dia apareceu nublado no céu. Ou que ri quando você conta uma piada que ninguém mai sente graça. Por muito tempo este foi o meu heroísmo. Contudo, conheci recentemente o Rotaract Club Recife Espro e dei uma digievoluida. Descobri que posso fazer mais e melhor anonimamente para um recptor anônimo. Encontrei pessoas com mesmo ideais, vontades, desejos e linhas de pensamentos. E me vi voluntário – sabendo que o que me motiva a isso é um músculo involuntário – junto a pessoas maravilhosas.
E em homenagem a eles, logo mais direi “a nós”, fiz este poema e esta reflexão. Pois sei que cada um sentiu, quando menor, estas coisas bestas e ingenuas da infancia. Sei que todos se sentem um pouco herói ao fazer as ações, sentem-se arquitetos de sonhos nas nossas plenárias e sentem estar fazendo este mundo girar na rotação correta. Estamos fazendo a diferença. Estamos nos aliando a uma força colossal que se mostra voluntária e involuntariamente em gesto como os do Rotary – como um todo – e outras ONG’s fazem por este ínfimo e conturbado planeta que chamamos de Terra e sabemos que é nosso lar.
Um grande abraço, e até amanhã na plenária do meu aniversário!
Luan Silva