Postado no RLS em 27/01/2011
Acácias caem e pintam o mundo de ouro.
Seus pés, de medo, nao tocam o chao.
Suas mãos, por azar, se rebelam
E revelam o que está por trás do teu bosque encantado.
Teus nervos tremem tua carne e reviram seus olhos.
Tamanha é tua ânsia.
As acácias são como cachos de uvas da cor do sol.
És como a noite medonha e medonho é teu sonho.
És impura como o sangue de prostitutas
Dos cabarés onde tua honra repousou os olhos,
Deitou a cabeça e desabrochou os desejos
Como um cacho de acácias.
E durma, anjo deles,
Que o demonio já carregou, mais uma vez,
Tua culpa e teu pecado.
Deixando um punhado de vergonha
Que se esconde nos teus bosques,
Costurando feridas ainda abertas.
E sonhe com a inocência
Que deixastes cair no chão e ser pisada pela terra.
Como e diferente das flores amarelas
Que tu não se atreves a pisar.
Luan Silva