Quantas vezes você já se pegou olhando para o teto ou para o céu? Não para admirá-los, mas para segurar uma lágrima? Quantas vezes você se viu diante de problemas que pareciam gigantes perante o ínfimo ser que você era? Quantas vezes você já se irritou com a vida e mandou tudo para o inferno, já que nem Deus parecia se importar?
Hoje eu posso dizer companheiro que repeti estes mesmos atos, mas sob uma nova perspectiva. Segurei lágrimas não por pena, ou caridade pelas poucas coisas que vi nesta ação. Mas porque me senti um ser desprezível, egoísta e reclamão ao achar que tinha problemas na vida. Segurei lágrimas de vergonha e um tanto de realização.
Encarei meus problemas novamente e os vi reduzidos a ínfimos contratempos dessa longa Jornada que chamamos de Vida. Desta vez eu era o gigante. E não, não reclamei da minha vida, ou da vida das crianças que me motivaram a agir. Muito menos me irritei com o que chamo de Deus. Porque eu senti que esta Força enorme que nos guia se importa sim com os problemas deste planetinha num universo infinito. Percebi que sua maneira de agir foi inusitada. Fui um instrumento divino, um gigantesco ser que amenizou o sofrimento de crianças, famílias e outros voluntários. E hoje mais uma vez senti o saboroso gosto de realização espiritual ao poder dizer com orgulho que sou voluntário, que ou o Rotaract Club Recife ESPRO.
Luan Silva