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Postado no RLS em 13/10/2011


Meu dia hoje foi um saco. Não teve nada de anormalmente estressante, ou estupidamente tedioso. Eu apenas fiquei o dia inteiro meditando e refletindo sobre um filme que assisti na madrugada passada. Sinto muito pelas pessoas que não gostam de assistir filmes sabendo do final. Mas vou dar spoilers! São necessários

“Bangkok Love Story” conta a história de Maek, um assassino profissional que sobrevive neste ramo para cuidar e garantir os medicamentos da mãe e do irmão portadores de HIV. O seu próximo serviço seria seqüestrar um dito policial e depois matá-lo, todavia como um bom profissional, Maek tem seu código de ética e nele está incluso a regra de não matar mocinhos. Fato que salva a vida de Ihk (o policial) e faz Maek levar um tiro.

Por conta do tiro, os dois jovens se vêm morando junto enquanto um (grato por ter sido poupado da morte) cuida do outro (que não sabe responder porque raios não exterminou o puxa saco). Nesse ínterim de cenas lindas de um aspirante à casal romântico gay preenchem a tela com uma trilha sonora depressiva os dois se apaixonam. Ao mesmo tempo em que são procurados pelo chefe de Maek e que a esposa de Ihk fica transtornada com o sumiço do marido. Sem falar que a doença da mãe de Maek se agrava e seu irmão, Mhok, se viu obrigado a se prostituir e repassar o vírus porque o irmão que lhes sustentava desapareceu.
Do nada, num surto sem explicação, como muitas outras coisas que ocorrem no filme, Maek, mesmo apaixonado e entregue à Ihk, o manda embora. E daí começa a parte mais chata do filme. Uma espécie de caça. Ihk tentando ficar com Maek e o ultimo fugindo dele num pique esconde que irrita de tão demorado. No fim os dois se reencontram, se agarram, se pegam, se beijam e quase se engole debaixo da chuva e no meio da rua. A mãe de Maek tenta o suicídio ao saber que o filho mais novo se prostituia, depois leva um tiro de um assassino contratado pra matar Maek.
Maek se revolta e vai buscar vingança. Mata todo mundo que queria lhe matar e esteve envolvido com a morte de sua mãe. Ihk vai ajudá-lo, mas chega atrasado e por um tiro em um relógio pregado na parede fica cego! Maek iria fugir com o irmão, mas no meio do caminho é apreendido por policiais e é preso (os policiais surgiram de onde? Se ele estava sendo procurado por outros assassinos?). Enquanto cumpre o tempo de prisão Maek e Ihk fazem as pazes e ele descobre que o seu amado ficou cego e está cuidando do seu irmão. Que também se suicida. Passado os anos da pena, Maek sai da prisão e enquanto caminhava com seu amor, Ihk para fazer uma nova vida ceva um tiro e morre. Fim.

Eu sinceramente me decepcionei e terminei me achando um imbecil por ter perdido duas horas de minha vida vendo um filme cheio de drama, horror, tiros e mortes desnecessárias. Fiz questão de baixar pra ver porque vi comentários do tipo: “O Segredo de Brokeback Mountain ficou para trás, BLS é dez mil vezes melhor.”
Pergunta única: AONDE?

Não fosse o oriental mais gato que vi na face da terra (Chaiwat Thongsaeng-Ihk), o filme seria uma merda. Mal produzido, roteiro mal feito, falas sem nexo e sem sentido, reviravoltas incoerentes, trilha sonora que é capaz de fazer um suicida se suicidar de novo. Enfim… O filme é terrível. E mais terrível é saber que a maioria dos romances gays tem esse lado obscuro de sofrimento e morte. Qual que é? Gay não pode ser feliz não? Tem que morrer que nem o Jack Twist, ficar cego como o Ihk e tantos outros irem para o buraco só porque gostam de dar o seu e são confusos demais pra isso?

Conto nos dedos os filmes que assisti de temática homossexual masculina que o final é feliz. Shelter e Latter Days são bons exemplos. Sem falar no realismo imposto em ambos filmes e certa coerência. Mas ao menos eles fogem da linha de sofrimento e aproveitam o drama leve e com um final feliz pra compensar as lágrimas que as beeshas gostam de liberar vendo-se comumente nos personagens principais.
Parece que os roteiristas só gostam de fazer filmes gays felizes quando estes são afetados e se tornam motivo de zombaria. Me vi revoltado. E ainda estou.
Não recomendo o filme. E olhe que AMO chorar com a morte dos personagens em filmes românticos. Mas sofrimento demais é dose!
Meu dia hoje foi um saco. Não teve nada de anormalmente estressante, ou estupidamente tedioso. Eu apenas fiquei o dia inteiro meditando e refletindo sobre um filme que assisti na madrugada passada. Sinto muito pelas pessoas que não gostam de assistir filmes sabendo do final. Mas vou dar spoilers! São necessários

“Bangkok Love Story” conta a história de Maek, um assassino profissional que sobrevive neste ramo para cuidar e garantir os medicamentos da mãe e do irmão portadores de HIV. O seu próximo serviço seria seqüestrar um dito policial e depois matá-lo, todavia como um bom profissional, Maek tem seu código de ética e nele está incluso a regra de não matar mocinhos. Fato que salva a vida de Ihk (o policial) e faz Maek levar um tiro.
Por conta do tiro, os dois jovens se vêm morando junto enquanto um (grato por ter sido poupado da morte) cuida do outro (que não sabe responder porque raios não exterminou o puxa saco). Nesse ínterim de cenas lindas de um aspirante à casal romântico gay preenchem a tela com uma trilha sonora depressiva os dois se apaixonam. Ao mesmo tempo em que são procurados pelo chefe de Maek e que a esposa de Ihk fica transtornada com o sumiço do marido. Sem falar que a doença da mãe de Maek se agrava e seu irmão, Mhok, se viu obrigado a se prostituir e repassar o vírus porque o irmão que lhes sustentava desapareceu.
Do nada, num surto sem explicação, como muitas outras coisas que ocorrem no filme, Maek, mesmo apaixonado e entregue à Ihk, o manda embora. E daí começa a parte mais chata do filme. Uma espécie de caça. Ihk tentando ficar com Maek e o ultimo fugindo dele num pique esconde que irrita de tão demorado. No fim os dois se reencontram, se agarram, se pegam, se beijam e quase se engole debaixo da chuva e no meio da rua. A mãe de Maek tenta o suicídio ao saber que o filho mais novo se prostituia, depois leva um tiro de um assassino contratado pra matar Maek.
Maek se revolta e vai buscar vingança. Mata todo mundo que queria lhe matar e esteve envolvido com a morte de sua mãe. Ihk vai ajudá-lo, mas chega atrasado e por um tiro em um relógio pregado na parede fica cego! Maek iria fugir com o irmão, mas no meio do caminho é apreendido por policiais e é preso (os policiais surgiram de onde? Se ele estava sendo procurado por outros assassinos?). Enquanto cumpre o tempo de prisão Maek e Ihk fazem as pazes e ele descobre que o seu amado ficou cego e está cuidando do seu irmão. Que também se suicida. Passado os anos da pena, Maek sai da prisão e enquanto caminhava com seu amor, Ihk para fazer uma nova vida ceva um tiro e morre. Fim.

Eu sinceramente me decepcionei e terminei me achando um imbecil por ter perdido duas horas de minha vida vendo um filme cheio de drama, horror, tiros e mortes desnecessárias. Fiz questão de baixar pra ver porque vi comentários do tipo: “O Segredo de Brokeback Mountain ficou para trás, BLS é dez mil vezes melhor.”
Pergunta única: AONDE?

Não fosse o oriental mais gato que vi na face da terra (Chaiwat Thongsaeng-Ihk), o filme seria uma merda. Mal produzido, roteiro mal feito, falas sem nexo e sem sentido, reviravoltas incoerentes, trilha sonora que é capaz de fazer um suicida se suicidar de novo. Enfim… O filme é terrível. E mais terrível é saber que a maioria dos romances gays tem esse lado obscuro de sofrimento e morte. Qual que é? Gay não pode ser feliz não? Tem que morrer que nem o Jack Twist, ficar cego como o Ihk e tantos outros irem para o buraco só porque gostam de dar o seu e são confusos demais pra isso?
Conto nos dedos os filmes que assisti de temática homossexual masculina que o final é feliz. Shelter e Latter Days são bons exemplos. Sem falar no realismo imposto em ambos filmes e certa coerência. Mas ao menos eles fogem da linha de sofrimento e aproveitam o drama leve e com um final feliz pra compensar as lágrimas que as beeshas gostam de liberar vendo-se comumente nos personagens principais.
Parece que os roteiristas só gostam de fazer filmes gays felizes quando estes são afetados e se tornam motivo de zombaria. Me vi revoltado. E ainda estou.
Não recomendo o filme. E olhe que AMO chorar com a morte dos personagens em filmes românticos. Mas sofrimento demais é dose!


Luan Silva