Postado no RLS em 24/12/2011


Precisamos sempre de provas.

De amor, de amizade, de falsidade, de bondade, de dificuldades… De qualquer coisa. Precisamos porque sem isso nós não temos a capacidade de manter nosso orgulho de pé. Nós não nos superamos. E se superar, crescer, ser ao menos resistente aos turbilhões de tudo.

É estranho. Alguns dizem que a vida é uma escola. Outros dizem que são os Deuses que nos dão provas para nos manter equilibrados. Dizem que os problemas que enfrentamos são do tamanho de nossa habilidade pra resolve-los. Que nós temos algo maior por nós na hora de enfrentá-los.

Nos dizem tanto. Um papo, ditados e dizeres tão batidos que nós nem damos importância. A verdade é que precisamos fazer sempre a manutenção na nossa fé pessoal. Nossa fé em nós mesmos. Precisamos de Esperança. Precisamos ter algo vivo dentro de nossas memórias para preencher as palavras “Já passei por muita coisa. Estou mais forte. Isso não vai me abalar.”

E isso é lindo. Creio que este seja o motivo de viver. A razão pela qual estamos aqui. Provar que pequenas fagulhas do divino podem causar estrondosas mudanças e fazer coisas magníficas com a única coisa que é sua de verdade.

Estou num momento agora, Yule, que eu acordei para algo. Precisei experimentar algo diferente para finalmente perceber qual foi a vida que escolhi pra mim. Percebi qual o meu lar, minha fortaleza e uma parte de quem sou. E por isso agradeço ao Deus (Tyr, Inguz, Freyr, Aegir, Njord, Cernunnus) e à minha amada Deusa. Não… Passei por todas essas turbilhações sozinhos. Um afago e um conselho de vez em quando Eles me deram, Mas a verdade é que passei por tudo sozinhos, por mim e por Eles. E isso faz de tudo mais perfeito.

Às vezes a dúvida vem, não para derrubar o que construímos com tanto amor e dedicação. Mas para tornar-lo mais perfeito.

 

Yule é uma data comemorativa do paganismo europeu que marca o Solstício de Iverno.
O solstício de inverno é um momento climático importante em diversas culturas, mas o enfoque dado a ela nas culturas nórdicas, germânicas e celtas é potencialmente alto. Principalmente porque grande parte do simbolismo original pagão foi readaptado e reutilizado quando o Yule foi substituído pelo Natal cristão.

Geralmente comemorado por volta de 21 de dezembro, o Yule celebra o renascimento do Deus, da divindade Solar que foi morta no último momento de inverno e agora retorna como bebê na noite mais longa do ano. (parece um pouco com o mito de Jesus, né? Acreditem, não é mera coincidência).


Luan Silva