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Há uma tristeza maquiada com revolta e uma nova personagem.

É fácil reinterpretar quem já fui um dia.

Difícil é controlar a realidade de quem sou hoje.

 

Não acho respostas.

Ainda estou andando em sentido espiral.

Sem nem saber onde comecei ou sequer onde estou.

 

As respostas que acho normalmente dilaceram a esperança;

naufragam a paz.

corroem a alma;

trazem maremotos;

aniquilam o amor.

 

Mas novamente você vem com um toque, um conforto e um gesto.

Agradeço por me reviver.

Enlouqueço por me torturar.

 

A porta aberta trás monstros, dúvidas,

ciúmes, paranoias, planos de vingança,

sexo vazio, peito vazio, mente vazia.

 

Sou praticamente uma carcaça.

Uma árvore que cupins deixaram oca.

Mas que as raízes mantém viva.

 

O sono vem quando quer.

O coitado foge dos pensamentos que o travesseiro eclode.

A aflição de esvaziar a mente trás a angústia, que trás a ansiedade.

 

Mil vezes te mandei ir embora em pensamentos.

Mil vezes te convenci voltar,

E mais mil fechei os olhos, inflei os pulmões e olhei pro nada tentando acordar.

 

Percebo a vida que se abre pra mim.

Mas ela não é mais minha.

Tudo nela é sem gosto.

 

Vivê-la é usurpar as minhas verdades.

Te ver vivendo com indiferença faz das verdades ilusões.

E eu não tenho casa, não tenho lugar, não tenho vida.

 

Sou um fantasma que não consegue partir.

Fico rondando o corpo morto.

Talvez por pilulas, mas com certeza de tristeza.

 

E ele está esquecido.

Não por todos, mas por quem importa.

E fico rondando.

 

E talvez seja isso.

Na verdade eu esteja num túmulo e não veja a verdade.

E suas esperanças e indiferenças são as despedidas que você não conseguiu dar.

 

Vai saber?

Não tenho mais cotas para dúvidas.

Vou deixar essa pra o tempo responder.

 

Mas gostei dessa teoria.

Me confortaria estar morto.

Isto é. Se fosse à vista de todos. E não só a sua.